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terça-feira, 26 de abril de 2011

SERIA A ROTA UM ESQUADRÃO DA MORTE ( PARTE l )

   Era o ano de 1977, meu primeiro dia de escola de policia estava se iniciando, em minha cabeça a partir daquele dia eu aprenderia a ser um policial , com treinamentos de tiro , aulas de psicologia,e tudo o que seria necessário para lidar com as milhares de situações que abrange um dos serviços mais complexos do mundo, pois estava no meu sangue servir a sociedade, aí começou a decepção dia após dia ficavamos descascando batatas , encerando o chão do quartel, limpando fuzis que tinham 50 anos de uso e que jamais seria usado nas ruas e gritando (sim senhor sargento, não senhor sargento).Isto durou seis meses foi quando eu me formei como policial militar sem nunca ter aprendido a fazer uma ocorrëncia de rua , ou aprendido sobre uma situação real de enfrentamento.Foi então que  descobri o primeiro erro do ESTADO, que é a falta de instrução e capacitação para formar um policial, se preocupando mais em formar soldados alienados como se fossem para uma guerra, do que policiais para ajudar e proteger o cidadão .Terminado esta primeira fase fui designado a trabalhar em uma viatura de radio patrulha que naquela época era composta pelo  famoso fusquinha , e a minha cidade de atuação foi Guarulhos ( grande São Paulo ), onde passei a fazer estágio com dois policiais antigos, durante as madrugadas, e percebi que a maior proucupação deles era acharcar casais de namorados que ficavam de madrugada namorando em lugares escuros e perigosos da cidade, e foi com eles que tive as minhas primeiras aulas de como atender uma ocorrëncia, de como preencher um relatorio, etc etc. Aprendizado este que eu deveria ter tido na escola ao invés de ficar descascando batatas.
 Terminado este estágio de 2 semanas , assumi o serviço de encarregado de Radio Patrulha, e mesmo sem o minimo  conhecimento teórico e pratico dos procedimentos corretos de um policial diante de uma determinada ocorrëncia , a partir daquele momento teria que tomar as decisões de todas as ocorrëncias que viessem a acontecer em minha jurisdição, mas mesmo assim eu estava vibrando de emoção, apesar de tudo eu consegui me tornar um patrulheiro , sendo que 80% dos meus amigos de escola foram trabalhar no setor de transito  ou nas muralhas do manicömio de Franco da Rocha. Mas começou ocorrer  um problema grave, o  motorista que trabalhava comigo tinha uns 25 de policial militar  ( na giria é chamado praça velho) e durante as oito horas de patrulhamento ele mais se preocupava com as brigas de galo no qual participava com os seus animais, ou com outros problemas particulares,do que com o nosso patrulhamento preventivo pela cidade e quando eramos chamados em uma ocorrëncia de roubo, latrocinio, estupro ou de qualquer natureza odionda ,eramos sempre os ultimos a chegar. Então começamos a ter um sério desentendimento ele falava  que não ganhavamos o suficiente para esquentar a cabeça e que eu era recruta e iria aprender muito, e eu falava  que eu tinha entrado na policia para ser um policial e cumprir o meu dever indiferente do salario , e se  ele achasse  que ganhava pouco deveria pedir baixa e procurar outro trabalho, e estes desentendimentos duraram  uns dois meses, até que não aquentando mais a situação fui conversar com o sargento que cuidava da parte administrativa e pedi para que ele mudasse o meu parceiro , por um policial mais jovem com mais motivação, e fui atendido prontamente .Efetuado a troca de parceria começei a trabalhar com um policial mais jovem, que tinha o mesmo änimo que o meu e juntos faziamos aquilo que era para ser feito por bons policiais, invadiamos favela, dávamos porte de arma em todos os elementos suspeitos , eramos sempre os primeiros a chegar em ocorrëncias graves e obtinhamos exito em muitas delas culminando em dezenas de prisões em flagrante delito de delinquentes altamente perigosos.
 Isto era o lado positivo da situação , mas tinha muitas coisas negativas , 80 % da tropa não pensava igual a nós, enquanto alguns lutavam e dariam suas vidas em prol da sociedade a grande maioria usava a policia para resolver os seus problemas pessoais e o grau de corrupção era altissimo, em muitas ocorrëncias de furto a residëncia , policiais roubavam mais produtos da casa do que os proprios ladrões, na verdade aconteciam coisas absurdas em todos os sentidos , chegavamos a patrulhar toda a cidade de Guarulhos com apenas uma viatura  porque as outras estavam quebradas, enquanto o comandante do batalhão o subcomandante do batalhão e o comandante da Cia, tinham uma viatura novinha só para eles irem para casa, e o pior é que todos aqueles bandidos que arriscavamos a vida para prender passavam alguns dias a justiça liberava, e começava todo o ciclo vicioso , nós arriscavamos a vida prendiamos , a justiça soltava e assim sucessivamente. Mas começei a verificar um fato curioso , a ROTA vinha a Guarulhos toda semana e  matava alguns desses marginais , e  eu ficava pensando , durante anos estes meliantes estão barbarizando a cidade roubando e matando crianças e país de familia , nós o prendemos varias vezes e de repente a ROTA aparece aqui e como numa magica os exterminam. E isso fez com que eu começasse a me interessar em ser transferido para o Batalhão Tobias de Aguiar.

NOS PROXIMOS POSTS A VERDADEIRA HISTORIA DA ROTA

3 comentários:

  1. Parabéns,pelo seu blog muito interessante sua historia.
    Rota é orgulho nacional,e bandido bom é bandido morto enterrado em pé pra não ocupar espaço.
    força e honra!
    abraço

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  2. Obrigado pela suas palavras, e apoio qualquer ação tomada em pro da sociedade

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